Visita de estudo a Estremoz

Visita de estudo a Estremoz

 

No dia 6 de abril de 2022, as turmas dos 10.º e 11.º anos do curso de Ciências e Tecnologias do Agrupamento de Escolas José Sanches e São Vicente da Beira realizaram uma visita de estudo ao Centro de Ciência Viva de Estremoz e a uma pedreira de extração de mármore.

Pela manhã, em visita guiada, ficámos a saber mais sobre a dinâmica interna do planeta Terra, o vulcanismo, a sismologia, a expansão e exploração dos fundos oceânicos. Tomámos conhecimento da quantidade de recursos naturais que a população do nosso país utiliza por ano. A este ritmo de consumo seria necessário dispormos de um território 2,5 vezes maior do que o atual.

Na parte dos fósseis, o que mais se destacou foi o do Tyrannosaurus rex, que, ao contrário do que é mostrado no cinema, não era um predador, mas sim um necrófago, pois não tinha visão frontal e tinha o olfato muito apurado. Os membros superiores eram pouco desenvolvidos, pelo que não conseguia capturar presas. A réplica exposta era de um adolescente com 12 m de comprimento e 3,8 m de altura, podendo atingir a velocidade de deslocação de 30 a 35 km/h. Tinha um osso específico para amortecer a queda dos ovos no momento da postura, de modo a permitir a reprodução.

No período da tarde visitámos a pedreira Bentel Carrascal, que tem cerca de 75 m de profundidade e é explorada há cerca de 60 anos. Esta pedreira poderá ir até aos 150 m de profundidade se chegar aos 120 anos de atividade. Para a extração de mármore utiliza-se um fio diamantado (composto por liga metálica e diamantes sintéticos) que aquece no processo de extração, sendo necessário o seu arrefecimento com água, que é novamente reutilizada após decantação. Do mármore extraído, 80% é desperdiçado e colocado nas escombreiras, sendo 20% utilizado pelo ser humano, destinando-se 1% ao consumo nacional.

Na parte final, visitámos o observatório “Das prensas de areia à génese de estruturas geológicas”, onde pudemos consolidar conhecimentos sobre tectónica, nomeadamente a formação de falhas normais e inversas, relacionadas com os movimentos de placas tectónicas que levaram à formação do mármore de Estremoz.

A turma do 10.º A